sexta-feira, 26 de março de 2010

Hollywood e seus figurinos marcantes


O poder de sedução do cinema é tão grande que algumas roupas saem das telas e se tornam ícones de moda. Use os moldes para fazer as peças mais desejadas dos filmes

A relação entre moda e cinema é antiga. Na década de 1930, Chanel ganhou 1 milhão de dólares para criar o figurino de três filmes dos estúdios MGM. No ano seguinte, Hollywood produziu o primeiro hit da moda: um vestido de organza branco, com ombros largos e cintura estreita, criado pelo figurinista Adrian para a atriz Joan Crawford em Redimida. Na época, a loja de departamentos americana Macy's vendeu 50 mil cópias do modelo. Outro grande sucesso foi o guarda-roupa sensual de Gilda, de 1946. No período pós-guerra, se vestir como a personagem-título era tudo o que as mulheres desejavam.

Para ultrapassar as telas de cinema e se tornar parte da história, as roupas reúnem uma série de elementos atemporais. "São, em geral, vestidos justos, longos e de tecidos nobres, usados com belas jóias e cabelos presos. Valorizam o ombro e são elegantes e sem excessos", afirma a jornalista Alexandra Farah, especialista em figurinos de cinema. O look mais famoso até hoje é o pretinho que Audrey Hepburn usou em Bonequinha de Luxo, de 1961. "Criado pelo francês Hubert de Givenchy, ele foi um marco dessa década e continua atual. Impulsionou o glamour minimalista, sóbrio e sexy ao mesmo tempo", completa. Hoje os maiores sucessos são os vestidos de festa, que, como num conto de fadas, transformam a mocinha em uma mulher maravilhosa, como Jennifer Lopez em Encontro de Amor, de 2002.


Audrey Hepburn em Sabrina, de 1954, com o vestido de baile criado por Givenchy.

O vestido de Chanel em Esta Noite ou Nunca, de 1931, foi considerado simples demais para os padrões hollywoodianos.


Em 1990, o vestido vermelho de Uma Linda Mulher transformou Julia Roberts numa Cinderela do século 20.

Saias volumosas e acinturadas para uma corista de boate interpretada por Maria della Costa, criados pelo estilista Dener Pamplona


Brasil em cena

O cinema brasileiro não chegou a ditar moda, mas alguns estilistas tiveram seus momentos na telona. O primeiro filme nacional com figurino assinado foi Moral em Concordata, de 1959. Nele, o estilista Dener Pamplona criou saias volumosas e acinturadas para uma corista de boate interpretada por Maria della Costa. Zuzu Angel, que já virou tema de filme, teve seus dias de figurinista em O Quarto, de 1968, do diretor Rubem Biáfora. Em 1996, o estilista Ocimar Versolato fazia parte do seleto grupo da alta-costura quando aceitou vestir Tieta, personagem de Sônia Braga no filme homônimo dirigido por Cacá Diegues.

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