sexta-feira, 26 de março de 2010

A história do Biquíni


Do modelo de algodão com estampa de jornal aos modernos trajes em tecidos inteligentes, conheça a evolução do biquíni


ANOS 40

O primeiro biquíni foi apresentado ao público parisiense em 26 de junho de 1946. A ousadia era tanta, que nenhuma modelo quis vestir a novidade. Sobrou para a stripper francesa Micheline Bernardini, que exibiu um modelo de algodão com estampa que imitava um jornal criado pelo francês Louis Réarde.

Anos 50

A aparição do biquíni foi considerada um escândalo e as mulheres da época se recusavam a usar. Na Europa, a Igreja Católica baniu o uso das duas peças em países como a Itália, a Espanha e Portugal. No Brasil, o biquíni só era usado por vedetes do teatro rebolado, como Elvira Pagã e Virgínia Lane até que em 1956, a atriz Brigitte Bardot exibiu um modelo xadrez de babadinhos no filme E Deus Criou a Mulher e ajudou a popularizar o traje.


Anos 60

A peça continuava taxada de indecente e chegou a ser proibida, em 1961, pelo presidente Jânio Quadros. No ano seguinte, Helô Pinheiro apareceu nas areias cariocas com um modelo comportado e sutiã estruturado e inspirou Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que criaram a canção Garota de Ipanema. A bond girl Úrsula Andress no filme 007 contra o Satânico Dr. No e, novamente Brigitte Bardot, agora de férias em Búzios, transformam as duas peças ícone de moda. Foi também nessa década que surgiu o fio Lycra®, que possibilitou que os antigos biquínis confeccionados com tecidos pesados fossem substituídos por outros mais leves e de secagem mais rápida, ganhando ajuste perfeito.

Anos 70

Década de grandes polêmicas em Ipanema. A partir dos anos 70, o biquíni se tornou parte da história das praias cariocas, verdadeiras passarelas de lançamentos da moda praia para o mundo. Foi nesta época que a modelo Rose di Primo inventou a tanga e a atriz Leila Diniz foi à praia grávida de 7 meses usando um minúsculo biquíni. A imagem se tornou símbolo da liberação feminina.

Anos 80

Modelos provocantes entram na onda do culto ao corpo: fio-dental, asa-delta, enroladinho, adesivo e cortininha. Monique Evans era a musa das praias cariocas. Além do biquíni fio-dental, ela era fã do topless. As menos ousadas usavam sutiã cortininha e calcinha asa-delta.

Anos 90

No final do século XX, não bastava usar o biquíni. Ele precisava vir acompanhado por cangas, saídas de praia, chapéu, bolsas coloridas e chinelo. O lacinho para fora do short virou febre e o biquíni Made in Brazil faz sucesso no exterior. A tecnologia chegou para ficar. As inovações foram tantas que permitiram estampas de melhor qualidade, trabalhos de jacquard, transparências e até drapeados.

Anos 2000

Há mais inovações de materiais que de modelagens. Há modelos capazes de levantar os seios e o bumbum. Os tecidos tecnológicos secam rapidamente, impedem a proliferação de bactérias e protegem contra os raios ultravioletas. O último lançamento para o segmento é a tecnologia do LYCRA® Xtra Life, que dá uma maior longevidade ao fio e permite conservar as formas de biquínis, maiôs e sungas até 3 vezes mais que elastanos comuns. Destaque também para os acessórios, que misturam o rústico, como cordas e macramês, com pedras e brilhos sofisticados.

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